18 de setembro de 2010

Às escuras

Bom dia, amor. Olhando você, aí, fico me lembrando de quando nos vimos. Dos olhos que vimos. Dos vinhos que olhamos. Dos dedos macios. Das maçãs do rosto, empinadas pelo sorriso. Dos risos de euforia pela identificação. Da exaltação dos corpos. Dos copos vazios. Do vazio invadido pelo amor.
Bom dia, meu amor. O sol reage e ilumina a sala. Perdão. Mas o dia começou.