23 de março de 2008

A medida do infinito

Quando criança li quase todos os livros de uma escritora maravilhosa. Sylvia Orthof foi uma das minhas maiores incentivadoras na leitura, com uma escrita incrivelmente poética e ilustrações (feitas pelo marido ou pela filha) infantis e lúdicas. Me lembro do dia em que um amiguinho me disse que a Sylvia havia vindo em Juiz de Fora fazer uma palestra no Granbery. Eu ainda estudava no Fernando Lobo e fiquei triste por não tê-la conhecido. Ela se foi em 97, mas deixou-nos versinhos lindos, encontrados por sua filha no leito do hospital, escritos momentos antes de sua morte.
Originais dos 3 de 5 poeminhas que Sylvia Orthof escreveu no hospital, sensibilidade até na despedida. Clique para ampliar e ler de forma legível.

Hoje, que escolhi as letras para guiarem minha vida, tenho muitas pessoas à agradecer. Minha tia que desde sempre me presenteou com livros, autores como Sylvia Orthof (na infância) e Clarice Lispector (na juventude) que me mostraram o poder modificador das palavras, professores geniais que me apresentaram o universo das letras e dos versos, amigos que sempre tiveram paciência e me incentivaram em minhas aventuras como leitor, e meu pai... que pelo sangue me ofertou o prazer em manusear as palavras...
Saudades de meu pai... Saudades de Sylvia Orthof... Saudades do tempo em que tudo era lindo...