11 de janeiro de 2010

De mudança

Abriu a porta de casa aflita. A chave, nas mãos bambas, tropeçava até se encaixar perfeitamente naquele único buraco daquela imensa porta branca projetada pelo maior arquiteto da cidade. Assutou-se com o vazio que tomava conta de toda sua moderna sala. Um assalto. Num salto, esfregando a mão no nariz, lembrou o barato que aquilo tudo havia lhe proporcionado e dormiu no chão longe das tantas carreiras que preparara no quarto.